Muita gente associa o paraquedismo a uma dose extrema de coragem, como se saltar de um avião fosse privilégio de poucos e algo extremamente arriscado. Para Paulo Cabral Bastos, essa visão é, no mínimo, incompleta. O paraquedismo é, antes de tudo, um esporte técnico, seguro e acessível a qualquer pessoa que queira conhecer o mundo por outro ângulo, literalmente.
Com treinamento adequado, estrutura confiável e orientação correta, a experiência se torna mais sobre controle e consciência do que sobre loucura.
Quem pode saltar de paraquedas?
Diferente do que muitos imaginam, não é preciso ter preparo físico de atleta nem um perfil aventureiro. Basta ter vontade. Pessoas de diversas idades, com diferentes estilos de vida, já experimentaram o salto duplo: aquele em que você vai preso a um instrutor experiente. É a porta de entrada mais comum para iniciantes e a mais segura também.
Paulo Cabral Bastos destaca que os centros de salto seguem protocolos rigorosos e só liberam os voos após checagens detalhadas de clima, equipamento e condição física do participante. Ou seja, tudo é pensado para minimizar riscos e garantir uma experiência inesquecível.

Como funciona um salto?
O salto não acontece do nada. Antes, há um rápido treinamento para entender como o corpo deve se posicionar, o que esperar da queda livre e como será o pouso. Depois, vem o embarque no avião, que sobe por cerca de 15 minutos até a altitude ideal, geralmente entre 10 e 15 mil pés.
Ao sair da aeronave, o corpo entra em queda livre por aproximadamente 40 segundos, atingindo até 200 km/h. É uma sensação que mistura adrenalina com uma estranha tranquilidade. O paraquedas abre logo depois, e o restante do trajeto é um voo suave e silencioso até o chão.
Por que tanta gente volta para saltar de novo?
Depois do primeiro salto, muitos não querem parar. Paulo Cabral Bastos comenta que o paraquedismo cria uma conexão única com o momento presente — uma pausa completa na rotina. É um tipo de liberdade rara, difícil de explicar, mas fácil de reconhecer em quem já experimentou.
E essa paixão não para no salto duplo. Muitos decidem se especializar, fazer cursos e até competir. O esporte vai além do desafio, transformando-se em estilo de vida e comunidade.
Mais do que coragem, é escolha
No fim das contas, o paraquedismo não exige bravura desmedida, mas sim o desejo de viver algo diferente. E para quem se permite, a recompensa costuma ser muito maior do que o medo inicial. Paulo Cabral Bastos conclui que saltar é menos sobre se jogar no vazio e mais sobre ganhar um novo olhar sobre tudo, inclusive sobre si mesmo.
Autor: Jhony petter