A Ambar, empresa do grupo J&F, está se preparando para protocolar um novo recurso na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O objetivo é contestar a decisão da agência que rejeitou um pedido de revisão tarifária da Amazonas Energia, responsável pelo fornecimento de energia elétrica no estado do Amazonas.
A Aneel havia decidido não alterar as tarifas da Amazonas Energia após uma análise dos pedidos de reajuste apresentados pela empresa. Essa determinação gerou descontentamento por parte da Ambar, que alega que a revisão é essencial para garantir a sustentabilidade financeira da concessionária.
Em nota, a Ambar ressaltou que a decisão da Aneel pode impactar não apenas a operação da Amazonas Energia, mas também a qualidade do serviço prestado aos consumidores locais. A empresa argumenta que uma tarifa justa é fundamental para assegurar investimentos em infraestrutura e manutenção da rede elétrica.
A J&F, conglomerado que controla a Ambar, tem se posicionado de forma firme em relação às questões de energia no Brasil. A companhia destaca que a falta de ajustes nas tarifas pode levar a um colapso na oferta de energia no Amazonas, comprometendo o desenvolvimento regional.
Além disso, a Ambar aponta que a situação atual pode desencadear um ciclo vicioso de cortes no investimento, afetando diretamente a capacidade de expansão e modernização da rede elétrica. Isso, segundo a empresa, é um risco que precisa ser urgentemente abordado pelas autoridades.
O recurso que será apresentado pela Ambar inclui dados técnicos e financeiros que sustentam a necessidade de revisão das tarifas. A expectativa é que a Aneel reanalise sua decisão à luz dessas novas informações.
O setor elétrico brasileiro enfrenta desafios significativos, e a situação da Amazonas Energia ilustra as dificuldades que as concessionárias têm enfrentado. A crise hídrica e a pressão por tarifas mais baixas são apenas alguns dos fatores que complicam a sustentabilidade do setor.
Com essa nova ação, a Ambar espera não apenas reverter a decisão da Aneel, mas também abrir um canal de diálogo mais produtivo entre as partes envolvidas, visando a construção de soluções viáveis para o setor elétrico na região.